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Como prestar apoio ao parceiro diagnosticado com o câncer de próstata?

Paradoxo da doença: A psicóloga Andrea Menezes e Chagas afirma que a travessia da doença pode despertar no indivíduo práticas mais saudáveis e uma vida mais duradoura

Qual a repercussão do tratamento do homem que passa pelo diagnóstico do câncer de próstata? Considerada um estigma para os homens devido ao órgão afetado, o câncer de próstata é uma doença que deve ser tratada com afeto e apoio psicológico, especialmente pela parceira do indivíduo diagnosticado. “Ao receber o diagnóstico, o homem fica vulnerável, inseguro, se sente minimizado como pessoa, na sua masculinidade. Então, é importante que nessa hora a mulher revele o seu amor com gestos, seja cúmplice no sentido de demonstrar sua presença e apoio, para que ele fique seguro de que não estará só. É essencial que ela se informe para dar notícias verídicas, reais, concretas de esperança, pois desde que diagnosticado no início do tratamento existe um prognóstico de cura e isso é importante para que ela possa passar essa esperança à medida da realidade dos fatos, sem falsas expectativas. Essa segurança é de fundamental importância para vencer a doença”, alerta a psicóloga clínica Dra. Andrea Menezes e Chagas, especializada em Análise de Famílias e Casais.

A especialista explica que a forma como o homem lida com o diagnóstico, o impacto da notícia vai depender da sua personalidade, do seu histórico de vida, do quão maduro ele é, do quão ameaçado ele fica, mas invariavelmente, quando se fala de câncer a primeira coisa que o homem pensa é que ele pode morrer. Muitos outros medos acompanham o homem ao ser diagnosticado com a doença. Ele teme ficar impotente, não ter mais a relação com a parceira da mesma forma como tinha habitualmente. É comum ele passar a agir com indiferença na relação amorosa. “É importante entender que alguns homens nesse momento têm a necessidade de se isolar, pois temem o olhar piedoso, a discriminação das pessoas”, comenta Andrea.

A psicóloga ressalta que a doença apresenta um paradoxo: diante do diagnóstico, considerado grave, o homem se coloca diante de uma oportunidade de enxergar com um novo olhar para a própria vida.  “O diagnóstico vem como um susto, mas ele também pode ser um momento de retomada da vida em vários aspectos. É comum, por exemplo, notarmos que antes do diagnóstico a pessoa se alimentava mal, em alguns casos apresentavam uma prática de vida ruim, em excesso, bebiam demasiadamente. Através dessa pausa obrigatória para se recuperar da doença, muitos podem tornar suas vidas melhores do que eram antes do diagnóstico, com práticas mais saudáveis, mais confortáveis, a partir da tomada de consciência. Esse acaba sendo o lado positivo que um diagnóstico como esse pode trazer”, considera Andrea.

Sobre o Câncer de Próstata

O câncer de próstata é um tumor que acomete homens maduros e pode ser curado quando ainda está localizado. Se identificado já em estágio avançado, o risco de sobrevida do paciente é muito menor. Portanto, o diagnóstico precoce é fundamental no controle e cura da doença.

O diagnóstico pode ser feito através de dois exames: a dosagem no sangue do PSA e o toque retal.

O PSA (Antígeno Prostático Específico) é uma proteína que pode ser encontrada no tecido prostático, no sêmen e na corrente sanguínea. Um resultado normal no PSA, isoladamente, não exclui a possibilidade de haver um tumor maligno. Daí a necessidade do toque retal.

O exame de toque costuma durar segundos, é indolor e permite avaliar características fundamentais para o diagnóstico de doenças prostáticas. Se, após esses exames houver suspeita da doença, pode ser necessária uma biópsia para confirmar o diagnóstico.

O câncer de próstata pode ser variável, de baixa, intermediária ou alta agressividade, estar localizado apenas na próstata, avançado localmente ou já espalhado em outros órgãos.

O tratamento é realizado de acordo com as variáveis apresentadas pelo indivíduo diagnosticado. As estratégias utilizadas são cirurgia, radioterapia, hormonioterapia, quimioterapia e vigilância ativa (quando o urologista segue acompanhando, mas não é feita uma intervenção direta no problema). O tratamento ideal é personalizado e busca a melhor forma de combater o câncer com menor grau de agressão ao paciente.

De acordo com as diretrizes da Sociedade Brasileira de Urologia e da Associação Europeia de Urologia, a investigação do câncer de próstata é recomendada a partir dos 50 anos ou a partir dos 45 anos no caso de negros e homens com histórico familiar da doença.

Quando detectada em fase inicial, a chance de cura da doença ultrapassa os 90%.

Perfil Andrea Menezes e Chagas

Psicóloga Clínica. Formada e especializada em Análise de Casais e Famílias pela PUC-SP. Formada em Constelação Familiar pelo Instituto Bert Hellinger Brasil Central. Atende Indivíduos, Casais e Famílias desde 1999. Supervisora Clínica de Profissionais da Área da Saúde Mental. Psicóloga Clínica de famílias, casais e indivíduos. Análise de Grupos. Mentora do Instituto Semear.

Serviço:

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